Professores «chumbam»<br>acção do Governo

«Ao con­trário da troika, o Se­cre­ta­riado Na­ci­onal da Fen­prof avalia muito ne­ga­ti­va­mente a acção do Go­verno e con­si­dera fun­da­mental con­ti­nuar a re­sistir e com­bater as po­lí­ticas des­tru­tivas que estão a impor aos por­tu­gueses» – afirma-se numa nota di­vul­gada à co­mu­ni­cação so­cial após a reu­nião da­quele órgão, dia 17.

Re­a­fir­mando «grande pre­o­cu­pação face à grave si­tu­ação em que se en­contra o País que, na Edu­cação, se re­flecte num cada vez maior de­sin­ves­ti­mento, bem como nos su­ces­sivos aten­tados de que estão a ser alvo os do­centes e in­ves­ti­ga­dores», a Fe­de­ração Na­ci­onal de Pro­fes­sores re­corda que estas são «con­sequên­cias de po­lí­ticas ne­ga­tivas e anti-so­ciais que têm vindo a ser de­sen­vol­vidas ao longo dos úl­timos anos, que se acen­tu­aram este ano e que se agra­varão de forma vi­o­lenta em 2012, como de­corre da pro­posta de Or­ça­mento do Es­tado, apre­sen­tada pelo Go­verno, e de ame­aças pro­ve­ni­entes da UE, que já se re­fere a me­didas adi­ci­o­nais a impor no pró­ximo ano».

Para «dar todo o com­bate pos­sível a este rumo in­de­se­jável para que estão a em­purrar o País», o Se­cre­ta­riado re­novou o apelo a uma ele­vada adesão à greve geral. De­cidiu ainda in­terpor ac­ções em tri­bunal contra o corte no sub­sídio de Natal (cujas mi­nutas serão di­vul­gadas hoje, dia em que aquele é pago); lançar um abaixo-as­si­nado na­ci­onal, «re­cu­sando al­te­ra­ções cur­ri­cu­lares im­postas por via or­ça­mental e exi­gindo uma ver­da­deira re­or­ga­ni­zação cur­ri­cular, que tenha em conta as efec­tivas ne­ces­si­dades do sis­tema edu­ca­tivo e do País»; pro­mover ple­ná­rios dis­tri­tais de do­centes apo­sen­tados, nos dias 28, 29 e 30 de No­vembro, e um en­contro na­ci­onal de pro­fes­sores e edu­ca­dores apo­sen­tados, a 9 de Fe­ve­reiro.

A Fen­prof vai ana­lisar com os pro­fes­sores, edu­ca­dores e in­ves­ti­ga­dores «ou­tras formas de acção e de luta», e ma­ni­festa-se «dis­po­nível para con­vergir com os tra­ba­lha­dores de ou­tros sec­tores» e no quadro da CGTP-IN, «para se en­volver em ac­ções e lutas ge­rais que ve­nham a ser de­ci­didas».



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